TRADUÇÃO, ADAPTAÇÃO TRANSCULTURAL E AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES DE MEDIDA DO KACE KNOWLEDGE, ATTITUDES, ACCESS, AND CONFIDENCE) APLICADO À ODONTOLOGIA BASEADA EM EVIDÊNCIA
Nome: AMANDA VIEIRA BAROLLO
Data de publicação: 21/07/2025
Banca:
| Nome |
Papel |
|---|---|
| CRISTINE MIRON STEFANI | Examinador Externo |
| LUCIANA FARIA SANGLARD | Presidente |
| MARIA HELENA MONTEIRO DE BARROS MIOTTO | Examinador Interno |
Resumo: O instrumento KACE (Knowledge, Attitudes, Access, and Confidence) foi desenvolvido para avaliar desfechos do treinamento em Prática Baseada em Evidências na Odontologia. Este estudo teve como objetivo realizar a adaptação transcultural e
análise de propriedades de medida do KACE para o português brasileiro. O processo seguiu oito etapas: 1) tradução independente por dois tradutores bilíngues; 2) síntese das traduções em uma versão consensual); 3) retrotradução por dois tradutores independentes; 4) análise por comitê de especialistas para elaboração da versão pré- final; 5) pré-teste com o público-alvo (estudantes do 2º período de graduação); 6) aplicação dos testes (pré-treinamento, pós-treinamento e reteste); 7) submissão da versão adaptada aos desenvolvedores; e 8) avaliação de propriedades de medida. O estudo foi conduzido com uma amostra de 124 participantes (75 graduandos, 35 pósgraduandos e 14 especialistas), vinculados às instituições Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Universidade de Brasília (UnB) e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). As análises demonstraram que a versão brasileira do KACE apresentou validade de conteúdo adequada, com ajustes necessários em alguns itens identificados na análise fatorial confirmatória: Questão (Q) 6 da escala “Conhecimento
de Análise Crítica”, Q7 e Q8 da escala “Atitudes sobre a PBE”, Q1, Q2 e da escala “Acesso à Evidência”). A consistência interna foi considerada aceitável, especialmente na “Confiança nas Habilidades de Análise Crítica” ( entre 0,7075 e 0,9261). A confiabilidade teste-reteste foi satisfatória, com coeficientes de correlação intraclasse variando de 0,52 a 0,81. O instrumento demonstrou validade discriminante, diferenciando especialistas de graduandos em todas as escalas. A responsividade foi confirmada, com aumento significativo nos escores após intervenção educativa (p < 0,05). Conclui-se que a versão brasileira do KACE apresenta evidências de validade e confiabilidade, podendo ser implementado na avaliação das competências em prática baseada em evidências no contexto odontológico brasileiro.
