CARACTERIZAÇÃO DOS FATORES DIFICULTADORES DO DIAGNÓSTICO PRECOCE DO CÂNCER DE BOCA POR CIRURGIÕES-DENTISTAS DO SERVIÇO PÚBLICO DE SAÚDE DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO – UM ESTUDO
TRANSVERSAL
Nome: BÁRBARA CAMPO DALL'ORTO MARTINS
Data de publicação: 17/07/2025
Banca:
| Nome |
Papel |
|---|---|
| FERNANDA MOMBRINI PIGATTI | Examinador Interno |
| LILIANA APARECIDA PIMENTA DE BARROS | Presidente |
| TAHYNÁ DUDA DEPS ALMEIDA | Coorientador |
| TATIANA NATASHA TOPORCOV | Examinador Externo |
Resumo: O câncer de boca configura-se como um grave problema em saúde pública no Brasil, marcado por altas taxas de morbimortalidade, sobretudo em função do diagnóstico tardio. A Atenção Primária à Saúde (APS), como porta de entrada preferencial do Sistema Único de Saúde (SUS), possui papel estratégico na detecção precoce da doença, especialmente por meio da atuação dos cirurgiões-dentistas. Este estudo teve como objetivo identificar os principais os gargalos enfrentados para o diagnóstico precoce do câncer de boca no âmbito da APS do estado do Espírito Santo, Brasil. Trata-se de um estudo transversal, que utilizou questionário estruturado aplicado a 248 cirurgiões-dentistas, além da análise de dados sobre a infraestrutura de apoio ao diagnóstico. Os achados revelaram baixa resolutividade dos serviços, evidenciada pela baixa
realização de biópsia entre os profissionais da APS (16,13%), insegurança para diagnóstico de lesões precursoras (64,5%) e desconhecimento dos fluxos institucionais. Entre os profissionais que afirmaram conhecer pouco e sentir-se inseguros no diagnóstico das desordens orais com potencial de malignização, 47,9% consideram que não tem aptidão para realizar biópsia (p<0,001). Conclui-se que a limitada capacitação prática e as deficiências estruturais comprometem a efetividade da APS, evidenciando a necessidade de ações integradas de educação permanente, ampliação da rede de apoio diagnóstico e fortalecimento da articulação entre os níveis de atenção.
