LEUCOPLASIA ORAL E LEUCOPLASIA VERRUCOSA PROLIFERATIVA: ANÁLISE CLÍNICO-PATOLÓGICA E IMUNOHISTOQUÍMICA
Nome: LUANNA CANAL PEREIRA
Data de publicação: 18/12/2023
Banca:
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Papel |
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DANIELLE RESENDE CAMISASCA BARROSO | Presidente |
LILIANA APARECIDA PIMENTA DE BARROS | Examinador Interno |
SIMONE DE QUEIROZ CHAVES LOURENÇO | Examinador Externo |
Resumo: Introdução: As desordens orais com potencial de malignização (DOPMs) são um grupo lesões orais associadas a risco variável de progressão para carcinoma oral. A leucoplasia oral (LO) é a DOPM mais comum. A leucoplasia verrucosa proliferativa (LVP) é um subtipo da LO com alto risco de progressão para carcinoma. A citoqueratina 10 (CK10) atua para diferenciar epitélio normal do displásico. Objetivos: Comparar características sociodemográficas, clínicas, histopatológicas e
imunohistoquímicas da CK10 na LO e na LVP e aplicar dois critérios diagnósticos para LVP. Materiais e métodos: Foram selecionados casos diagnosticados como LO, LVP, displasia epitelial e hiperceratose sem e com displasia, do Serviço de Anatomia Patológica Bucal da Universidade Federal do Espírito Santo, em dez anos. Os dados sociodemográficos, clínicopatológicos e imunohistoquímicos foram coletados. Foi considerado significativo p-valor <0,05. Resultados: Foram selecionados 51 pacientes (n=32, 62,7% LVP e n=19, 37,3% LO) e 104 lesões (n=76, 73% LVP e n=28, 26,9% LO), sendo 53 lesões submetidas à marcação imunohistoquímica para CK10 (n=40, 75,4% LVP e n=13, 24,5% LO), com o tempo médio de acompanhamento de 13 meses para LO e 27 meses para LVP (p=0,038). Houve predomínio do gênero feminino em ambas, associação entre uso de tabaco e LO (p= 0,007) e presença de recidiva em lesões de LVP (p=0,028). Houve transformação maligna em dois casos de LVP e um de LO. Quase todas as lesões foram positivas para CK10 (n=51, 96,3%). Nenhuma lesão apresentou expressão da CK10 em camada basal. Ao aplicar os critérios para LVP, todos preencheram os critérios de Cerero-Lapiedra et al., 2010 e 19 pacientes preencheram os critérios de Villa et al., 2018. Conclusões: O uso de tabaco está associado a LO, porém não à LVP. Os dois critérios aplicados foram úteis, Cerero-Lapiedra et al., 2010 seleciona mais pacientes, fato favorável para melhor acompanhamento da doença. Não houve diferença na expressão da CK10 entre as lesões estudadas.