Detecção de Desajustes na Interface Abutment-prótese: Implicações da Técnica Radiográfica e da Magnitude do Desajuste na Região Estética
Nome: VANESSA PACHECO DE OLIVEIRA MOTA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 09/03/2023
Orientador:
Nome | Papel |
---|---|
ELIZABETH PIMENTEL ROSETTI | Co-orientador |
SERGIO LINS DE AZEVEDO VAZ | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
---|---|
IEDA MARGARIDA CRUSOE ROCHA REBELLO | Examinador Externo |
MARIA CHRISTINA THOMÉ PACHECO | Examinador Interno |
SERGIO LINS DE AZEVEDO VAZ | Orientador |
Resumo: Desajustes na interface abutment-prótese representam um contratempo no tratamento reabilitador com implantes dentários. As radiografias periapicais são utilizadas como método auxiliar para a avaliação de desajustes na interface abutment-prótese, entretanto, as evidências que suportam o uso desse método de diagnóstico são restritas a estudos de baixa a moderada qualidade. O bjetivo, neste estudo in vitro, foi comparar a acurácia de 3 técnicas adiográficas periapicais na detecção de desajustes na interface abutment-prótese em região estética e avaliar se a magnitude do desajuste influencia no diagnóstico. Para isso, 15 implantes com conexão cônica interna foram instalados na região de incisivo central em maxilas de poliamida e copings
para coroas cimentadas personalizados foram confeccionados em cerâmica por meio de sistema CAD/CAM. Desajustes de 50, 100 e 150 μm foram simulados por meio da interposição de 1, 2 ou 3 tiras de poliéster de 50 μm de espessura, respectivamente, posicionada(s) na interface abutment-prótese; a ausência da tira representou o grupo controle. Radiografias digitais foram obtidas utilizando-se posicionadores para as seguintes técnicas periapicais: bissetriz (PTB) paralelismo (PTP) e paralelismo modificado (PTM). Um total de 180 radiografias digitais foi avaliado por 2 radiologistas e 1 protesista. Os valores de área sob curva característica de operação do receptor (Az) foram submetidos ao teste de Friedman com post-hoc de DurbinConover (α = 5%). Diferenças estatisticamente significantes foram encontradas (χ² = 22.0; p <
0,05). Observou-se diferença estatística (p < 0.05) entre a as técnicas PTP (Az = 0.873) e PTB (Az = 0.753) para magnitude 50 μm, sendo a PTP mais acurada. Magnitudes maiores apresentaram maior acurácia em relação às magnitudes menores (p < 0.05). Nas interações técnica e magnitude, todas as comparações tiveram diferenças estatísticas (p < 0.05), exceto para PTP magnitude 100 μm (Az = 0.976) e a PTM magnitude 150 μm (Az = 0.998). Concluiuse que a PTP foi mais acurada do que a PTB para detectar desajustes de 50 µm na interface abutment-prótese e que desajustes maiores resultaram em diagnósticos mais acurados independentemente da técnica utilizada.