Exame Clínico Objetivo Estruturado (osce) Como Método
Avaliativo no Ensino Odontológico: Workshop On-line e
percepção de Docentes

Nome: Mariana Carvalho Martins Ribeiro
Tipo: Dissertação de mestrado profissional
Data de publicação: 31/08/2020
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
Raquel Baroni de Carvalho Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
Karina Tonini dos Santos Pacheco Examinador Interno
Mirian Fioresi Examinador Externo
Raquel Baroni de Carvalho Orientador

Resumo: O Exame Clínico Objetivo Estruturado (OSCE) é um instrumento de avaliação de competências clínicas, descrito por Harden, em 1975, para o curso de Medicina e,desde então, empregado nos demais cursos das Ciências da Saúde. Na avaliação clínica tradicional, o professor analisa o desempenho do aluno ao realizar a prática, mas há variações significativas envolvidas: os pacientes são diferentes para cada estudante e, em uma única turma, podem ocorrer oscilações entre professores ao examinar um mesmo procedimento, tornando a avaliação subjetiva. No OSCE, a situação clínica é padronizada e os alunos podem ser observados no mesmo contexto, com uma lista de verificação que confere objetividade ao exame. O objetivo desta pesquisa foi elaborar um workshop para apresentar, discutir e obter a percepção de docentes do curso de Odontologia de duas instituições, uma pública (UFES) e uma privada (FAESA), ambas localizadas no município de Vitória/ES, sobre o instrumento avaliativo OSCE, conforme projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos do Centro de Ciências da Saúde da UFES
sob registro CAAE 28119220.9.0000.5060. Trata-se de um estudo metodológico com elaboração de workshop, realizado on-line para cada grupo (UFES e FAESA), em dias diferentes, com três etapas: apresentação do instrumento avaliativo, momento de debate/dúvidas e preenchimento de questionário. Nessa última etapa, por meio do questionário, com 15 perguntas objetivas, preenchidas on-line, perfazendo três dimensões: a primeira, para conhecer o perfil do docente participante; a segunda inquiria sobre conhecimentos prévios e adquiridos após a apresentação/momento de
debate/dúvidas; e a terceira com opinião acerca do workshop, foi possível fazer a coleta de dados da pesquisa. Um total de 38 professores, de ambas instituições, participou da apresentação e do momento de debate/dúvidas, mas somente 32, 16 de cada instituição, concluíram o workshop respondendo ao questionário, tendo 84,21% de retorno. Ao traçarmos o perfil dos participantes encontramos que a maioria tem mais de 15 anos de formação na graduação e de atuação na docência,mais da metade possui doutorado e a maior parte é do sexo feminino. Os resultados apontam que 50,00% não conheciam o OSCE, 50% concordam parcialmente que o método consegue avaliar habilidades e atitudes e 46,87% concordam totalmente com tal afirmativa. Todos afirmaram que utilizariam o instrumento como forma de avaliação na sua disciplina, mas 34,38% fariam adaptações. Dentre os professoresda FAESA, 68,8% afirmaram não haver dificuldades para realização do OSCE, enquanto 37,50% dos profissionais da UFES consideraram como obstáculo a disponibilidade de espaço e de recursos humanos. Entre os professores das duas
instituições, 90,63% afirmaram que conseguiriam elaborar uma estação com alguma competência relevante para sua disciplina. Conclui-se que o workshop foi avaliado positivamente e o OSCE foi bem aceito pelos participantes da pesquisa. Nota-se ainda que tiveram uma percepção favorável frente ao instrumento avaliativo, uma vez que todos, independentemente do local em que lecionam, apontaram que o utilizariam na disciplina que ministram. As dificuldades relatadas para uso do OSCE são diferentes entre as instituições participantes.

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