Relação entre respirador bucal e qualidade de vida em escolares do Município de Vitória,ES

Nome: Bruna Santos Fiorott
Tipo: Dissertação de mestrado profissional
Data de publicação: 13/07/2012
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
Maria Christina Thomé Pacheco Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
Ary dos Santos Pinto Examinador Externo
Maria Christina Thomé Pacheco Orientador
Raquel Baroni de Carvalho Examinador Interno

Resumo: O padrão de respiração bucal em crianças pode gerar repercussões negativas de impacto físico, psicológico e social. A relação da respiração bucal com os distúrbios respiratórios obstrutivo do sono (DROS) é proveniente de condições clínicas que variam em gravidade crescente desde o ronco primário, a síndrome da resistência da via aérea superior até a síndrome da apneia obstrutiva do sono. A principal causa da respiração bucal e dos DROS está associada ao estreitamento da via aérea superior em diferentes graus. Essa associação é preocupante por apresentar repercussões clínicas imediatas e/ou tardias de distúrbios no crescimento e desenvolvimento craniofacial, alterações do comportamento, prejuízo do aprendizado e de funções cognitivas, influenciando negativamente a qualidade de vida. Objetivo: Verificar a prevalência de escolares respiradores bucais (RB) e a presença de alterações faciais comuns em crianças que apresentam DROS, além de avaliar a autopercepção da qualidade de vida. Metodologia: Estudo transversal, observacional com amostra de 687 escolares, na faixa etária de 6 a 12 anos de idade, matriculados em escolas municipais de ensino fundamental de Vitória, ES, avaliados através de anamnese, exame clínico e testes de permanência de selamento labial. O questionário de qualidade de vida do respirador bucal (Ribeiro, 2006) foi empregado para verificar a autopercepção da qualidade de vida dos escolares diagnosticados com respiração bucal. Resultados: Na amostra total, 520 (75,7%) escolares foram classificados como respiradores nasais (RN) e 167 como RB (24,3%). Dentre os RB, 40,1% apresentaram hipertrofia obstrutiva das tonsilas palatinas, 26,4% apresentaram índice de Mallampati graus III e IV e más oclusões como: sobressaliência exagerada (35,3%), mordida aberta anterior (23,4%), mordida cruzada posterior (15,6%), palato atrésico (53,9%), ausência de selamento labial (35,9%); além de 31% terem relatado problemas relativos ao sono e 9% relataram ter a sensação de parar de respirar enquanto dormia. Conclusão: A prevalência de alterações faciais anatômicas e funcionais nos RB foi elevada, entretanto a autopercepção da qualidade de vida foi considerada boa. Recomenda-se a adoção de políticas de saúde publica visando diagnóstico, orientação e tratamento de escolares nessa faixa etária, na qual o alivio dos sinais e sintomas proporciona o crescimento normal das estruturas craniofaciais e reduz os riscos de DROS no futuro.

Palavras-chave: má oclusão, respiração bucal, distúrbios respiratórios do sono, qualidade de vida.

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